A lubrificação das caixas de velocidade manuais: tudo o que deve saber

A caixa de velocidades é um componente essencial em qualquer veículo, uma vez que é a responsável pela transmissão da potência do motor às rodas. O lubrificante é importante para garantir que a transmissão seja suave e eficiente. O seu funcionamento depende em grande medida de uma lubrificação adequada, que não apenas reduza a fricção e o desgaste, mas que também proteja os componentes internos da corrosão e as altas temperaturas.

Neste artigo explicaremos em pormenor como funciona a lubrificação de uma caixa de velocidades manual, a sua importância e as melhores práticas para profissionais. Para além disso, aproveitamos para recordar que pode encontrar outra publicação sobre a lubrificação das caixas de velocidade automáticas no nosso blogue. 

Por que motivo é importante a lubrificação?

A missão do óleo de transmissão manual é manter a caixa de velocidades lubrificada, proporcionar estabilidade térmica e garantir o funcionamento face a altas cargas ou pressões. Também protege os rolamentos, que são cruciais para um funcionamento suave, e os sincronizadores, que permitem uma mudança de velocidades sem problemas. Em consequência, consegue-se maior rendimento e vida útil do veículo e reduzem-se incómodos como as vibrações ou os ruídos.

Como funciona a lubrificação de uma caixa de velocidades manual?

O óleo da caixa de velocidades manual cria uma película lubrificante entre as engrenagens, rolamentos, sincronizadores e outros componentes internos. Desta forma, reduz a fricção e o desgaste, permitindo um funcionamento suave e eficiente. Para além disso, ajuda a dissipar o calor gerado por estes contactos, protegendo os componentes das altas temperaturas. 

Ao passo que alguns modelos mais básicos funcionam com lubrificação por salpicos, na qual as engrenagens giratórias levantam e distribuem o óleo, a maioria das transmissões manuais modernas utiliza um sistema mais complexo. 

Este sistema consiste numa bomba que fornece óleo à pressão aos componentes críticos, como os rolamentos e os sincronizadores. Ao mesmo tempo, utiliza-se a lubrificação por salpicos para aceder às restantes áreas às quais não pode chegar com esse método. 

Em alguns desenhos de alto rendimento ou em aplicações específicas também se utilizam pulverizadores ou injetores para uma lubrificação ainda mais precisa e eficiente, dirigindo o óleo diretamente aos pontos de maior fricção. 

Propriedades dos óleos de caixa de velocidade manual

Os óleos de transmissão manual devem reunir uma série de requisitos para garantir um rendimento ótimo, entre os quais se destacam:

• Viscosidade. É um parâmetro que mede a resistência do óleo a fluir, pelo que é crucial para manter uma película lubrificante efetiva sob diferentes temperaturas. Uma viscosidade demasiado baixa pode não proporcionar proteção suficiente, ao passo que uma viscosidade demasiado alta pode aumentar a resistência e reduzir a eficiência.
• Aditivos antidesgaste. O óleo deve proteger as engrenagens e os rolamentos do desgaste, inclusivamente sob cargas elevadas. Isto consegue-se mediante aditivos antidesgaste que formam uma capa protetora sobre as superfícies metálicas.
• Antioxidantes. Servem para evitar a formação de depósitos, o que poderia obstruir os condutos, e ajudam a prevenir a degradação do óleo pela exposição ao oxigénio e ao calor.
• Inibidores de corrosão. A sua função é proteger os componentes internos da corrosão, pelo que neutralizam os ácidos e formam uma barreira protetora.
• Aditivos de extrema pressão. São cruciais para proteger as engrenagens sob cargas extremas, prevenindo o contacto metal-metal e o desgaste severo.

Tipos de óleos de transmissão manual

Existem diferentes tipos de óleos para caixas de velocidade manuais, cada qual com características específicas:

• Óleos minerais. São os mais comuns e económicos, obtidos diretamente da refinação do petróleo. Proporcionam uma proteção adequada em condições normais de operação, mas o seu rendimento pode ser afetado em temperaturas extremas.
• Óleos sintéticos. São fabricados mediante processos químicos que permitem maior controlo sobre as suas propriedades. Oferecem melhor rendimento e proteção num intervalo mais amplo de temperaturas, para além de maior resistência à oxidação.
• Óleos semissintéticos. Combinam as vantagens dos óleos minerais e sintéticos e as suas características dependem muito do desenvolvimento concreto de cada produto.

Como escolher o óleo de caixa de velocidades adequado

O tipo de lubrificante que se deve usar depende da marca, modelo e antiguidade do veículo em questão. Isso sim, o mais recomendável é seguir sempre as recomendações do fabricante, que encontrará no manual do veículo, onde se especificam a viscosidade e as especificações requeridas. Aí também se indica o intervalo de tempo que deve passar para a mudança de óleo. 

Outra opção é utilizar o motor de pesquisa de lubrificantes da Repsol, que lhe permite encontrar o óleo que a caixa de velocidades manual necessita, digitando apenas o nome do modelo ou a matrícula. 

Também recomendamos dar uma vista de olhos à gama Navigator, que oferece um vasto catálogo de produtos para transmissões manuais. Estes lubrificantes têm uma grande capacidade para suportar cargas, proporcionam uma condução suave e fluida e reduzem o consumo de combustível de forma notável. Para além disso, são aptos quer para veículos ligeiros quer para pesados ou para maquinaria agrícola.